A Cirurgia Endovascular engloba técnicas recentes de cateterismo vascular voltadas para o tratamento minimamente invasivo das doenças das veias e das artérias de todo o corpo.

Destacam-se entre estas doenças os aneurismas da aorta, as obstruções do fluxo sanguíneo das pernas e do cérebro devido ao acúmulo de resíduos de colesterol e cigarro nas artérias femorais e nas carótidas.

A cirurgia endovascular inicia-se com um planejamento cuidadoso, a partir da utilização de avançadas técnicas de imagem, como a tomografia tridimensional.

Na cirurgia endovascular da aorta abdominal, uma prótese endovascular auto expansível é inserida por duas discretas incisões na região inguinal, comprimida em uma bainha aplicadora de apenas 6 mm de diâmetro, que entra pelas artérias femorais em direção ao o aneurisma da aorta.

O aneurisma é então excluído do contato com a pressão sanguínea direta, o que faz com que o aneurisma diminua de tamanho eliminando o risco de ruptura da artéria ou de hemorragia fatal. Em alguns pacientes a cirurgia pode ser realizada até mesmo sob anestesia local.

Já nos casos de obstrução do fluxo arterial devido às placas de colesterol e cigarro, através de uma simples punção arterial, muitas vezes sob anestesia local, introduz-se um delicado balão que dilata os pontos de obstrução. Para manter estas artérias abertas e com fluxo sangüíneo amplo por muito tempo, a estrutura interna das artérias é sustentada pelos chamados stents, que são delicados tubos de ligas especiais de metal, capazes de se expandir no interior dos vasos e manter as artérias abertas, pois sua arquitetura o tornam auto-expansíveis.

A CIRURGIA TRADICIONAL

Na cirurgia tradicional dos aneurismas da aorta, por exemplo, é necessária uma incisão abdominal extensa, chamada laparotomia, que, per si, traz conseqüências indesejáveis ao paciente, como restrição respiratória, dor e risco de abertura dos pontos e infecções.